quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A HISTÓRIA












O Rio Vermelho nasceu no século XVI, com a chegada de Diogo Álvares Correa, o Caramuru, português, naufragou em seu litoral, sendo resgatado pelos índios Tupinambás.

Caramuru foi o responsável pala ligação dos índios com os Europeus. Em reconhecimento, os Tupinambás ofereceram-lhe a índia mais bonita da tribo, a Catarina Paraguaçu, que casou-se com ele em 1528 em Paris.
O Caramuru tornou-se o habitante mais ilustre da colônia, por servir de intermédio entre os franceses comerciantes de pau-brasil e os colonizadores portugueses.

Neste século o bairro desenvolveu-se lentamente, porém ocorreu um fato muito importante para seu desenvolvimento, os holandeses invadiram Salvador e sequestraram o então governador Diogo Mendonça Furtado. Vendo a necessidade de organizar uma reação a novos ataques o bispo da cidade D. Marcos Teixeira, escolheu o lugar mais alto da cidade para morar, o Morro do Conselho (hoje o Hotel Blue Tree Tower).

Neste período, começaram a surgir novos moradores no bairro, sendo os primeiros núcleos de povoamento o da Mariquita , o da Paciência e logo depois o de Santana ( hoje o largo de Dinha do acarajé), onde havia a igreja da matriz, que atraia pessoas de diversos cantos da cidade, devido aos festejos religiosos.

A igreja de Santana sempre se destacou pelo sincretismo com os ritos africanos, porém seu modesto tamanho não conseguia abrigar os diversos fiéis que aglomeravam-se do lado de fora da igreja.

No século XVII, o Rio Vermelho já possuia muitos pescadores, cerca de 100 cabanas na foz de um pequeno rio que se lança no mar, hoje o rio das tripas. A Senhora Santana tornou-se a padroeira dos pescadores. Com o passar dos anos, os pescadores passaram a festejar e reverenciar a santa por 10 dias durante anos com uma programação religiosa e profana.

Ainda pouco povoado no século XX, o bairro era uma espécie de área de veraneio das ricas famílias soteropolitanas. Só após a instalação de bondes eletricos, possibilitaram uma maior quantidade de moradores.

Em 1913, com calçamento das ruas e da avenida Oceânica, finalmente foi o consolidado o bairro. Com a construção do Parque Cruz Aguiar, primeiro local com a infraestrutura completa, chegou ao fim a era dos veranistas. E em 1960, com o crescimento econômico, foram construídas duas fabricas, a Coca-Cola e Biscoito Águia Central. No mesmo período, a igreja de Santana foi transferida para alguns metros da antiga, ficando ao lado da Casa do Peso, ponto de encontro dos fiéis pescadores.

Na década de 70, algumas construções verticais começaram a ser construídas e alguns casarões foram demolidos, para dar lugar a novas construções e tornar-se o então bairro boêmio de Salvador, O RIO VERMELHO!


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